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Foto do escritorJonas Silva

Pico Caratuva, 1860m


Pico Caratuva (à direita) e sua crista leste, vistos a partir do PP

O segundo pico mais alto do sul do Brasil fica no Paraná, assim como o primeiro, o Pico Paraná. O Pico Caratuva está no complexo da Serra do Ibitiraquire, na Serra do Mar paranaense.

Sua paisagem de topo, as caratuvas, é típica das regiões de altitude da Serra do Mar. É, também, dessa característica que surge o nome da protuberância. Suas folhas pequenas e emaranhadas, são perfeitas para captar água das frequentes nuvens que cobrem o cume e sofrer menos com a incidência solar nessa altitude.

No cume é possível montar barracas, no entanto é imprescindível usar as áreas já desgastadas e não ficar abrindo novas clareiras, portanto, se chegar tarde e não encontrar espaço aberto para acampar, retorne à base.

Nascer do Sol no Pico Caratuva

De cima é possível avistar a Represa Capivari, e outras montanhas do entorno como o imponente Pico Paraná, Pico Itapiroca e Ferraria. O nascer do Sol é sem dúvidas o mais bonito desse complexo de montanhas. Outro espetáculo se dá quando o mar de nuvem cobre todas as demais montanhas e deixa à mostra apenas o cume do Pico Paraná e Ibitirati.

Como chegar

O acesso é pela base do IAT em Campina Grande do Sul. Na BR-116 sentido São Paulo, na altura do Km 46, pouco antes da Ponte sobre o Rio Tucum, segue-se à direita na Estrada do Barro Branco (não tem placa indicando ele) saindo da rodovia na cabeceira da ponte. Seguindo pela estrada em 6 km chega-se a base, onde é possível estacionar, e até mesmo acampar em uma das duas fazendas particulares que existem ali. Além do estacionamento as fazendas oferecem pastel frito e banheiros para banho no local.

O acesso às montanhas exige o cadastro junto a base do IAP, apesar de que muita gente acaba desviando o controle. O cadastro é muito importante por ser a forma de legalizar a entrada, fornecer dados sobre o uso do parque e servir de rastreamento em caso de desaparecimento ou acidentes. Tão importante quanto a assinatura na entrada é a baixa na saída.

Vale ressaltar também que as propriedades da base também fazem registro de visitantes, sendo seu controle mais efetivo que o do IAT, já que é preciso passar por elas antes de chegar à base do IAT.


A trilha

A trilha que leva ao topo da montanha dura entre 5 e 8 horas, tem cerca de 16 km, ida e volta, e dificuldade moderada.

A navegação apesar de não ser tão complicada, associações de montanhistas mantém uma sinalização permanente, possui um trecho de mata fechada e várias bifurcações sendo, portanto, não recomendada para iniciantes ou pessoas desacompanhadas de alguém com conhecimento.

Trepa pedra no ataque do Caratuva

Fisicamente exige bastante esforço. O trecho de ataque (1,5 km), depois da aproximação, é um trepa pedra bem duro, com inclinação maior que 30º em grande parte. Nesses termo a descida também exige muito pela necessidade de amortecer o impacto nas pernas e constantemente ter de sustentar o corpo nos braços para descer as rochas ou grandes raízes.

Tecnicamente não há exigência, a trilha tem trechos de trepa pedra/raízes, mas todos tem boas 'pegaduras' e apoio para os pés, o que não significa que seja fácil mesmo para quem tenha medo de altura.

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