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  • Foto do escritorJonas Silva

Meia Volta de Floripa

Essa certamente não era a próxima trilha da lista, mas acabou entrando no planejamento por ter uma logística muito fácil. Dá para encaixá-la em um feriado alongado, sem necessidade de um período de férias.

Saindo da Praia da Lagoinha do Leste

Florianópolis é uma capital, e sua rodoviária central está relativamente próxima de suas bela praias, para se deslocar até elas é muito prático. Tomando um ônibus no terminal central você desloca para qualquer canto da Ilha, ou pode tomar um Uber ou táxi e ir mais rápido ainda. Devido a ilha ser bastante povoada, na maior parte das praias existe acesso de veículo o que permite abortar a caminhada ou sair dela com facilidade.

Nossos plano foi percorrer o que chamei de Meia Volta de Floripa, percorrendo toda a face leste da ilha, desde a ponta sul até a ponta norte. Como o prazo entre a escolha e o início da jornada foi de dez dias, não preocupei muito com o tempo ou até mesmo detalhes da logística. A ideia foi ir de mochila e barraca até a Ponta de Naufragados e subir pela costa até onde conseguisse. Alimentação e local para dormir descobriríamos no caminho.

Geralmente gosto de ter algum domínio sobre o planejamento; locais de parada, onde adquirir alimentos, ponto de extração etc. Dessa vez deixamos tudo isso de lado, curtimos como se fosse uma viagem de verão. No fim vamos aprender a importância de ter algum controle sobre as coisas e também a magia de se deixar levar às vezes.

Dia Primeiro - Muita chuva

Eram 08:15 quando o ônibus estacionou na rodoviária da Ilha de Santa Catarina. Passamos a noite na estrada. Então, a primeira coisa que fizemos foi procurar um café.

Enquanto fazíamos a refeição começaram os ajustes, calçaram-se as botas, os casacos de chuva. Com toda a tralha, tomamos parte do quiosque central. Uma vez que, era difícil disfarçar nosso perfil de "turista", logo começou aparecer os "pega a laço": o primeiro se ofereceu para guiar pela ilha, chamar o táxi, indicar hotel; o segundo queria levar-nos de carro mas não queria falar o preço; depois apareceram outros dois oferecendo transporte.

Independentes que somos, escolhemos o Uber, pois levar-nos-ia até Caieira da Barra Sul em 40 min e por um valor pouco acima do ônibus, que demoraria 1 h 20 min. Fora do saguão a chuva castigava, e quando colocamos a cara na rua aí que choveu de vez.

No percurso para a trilha todos devem ter questionado a decisão que estavam tomando. Entrar numa travessia e ser "surpreendido" por chuva não é maravilhoso mas é aceitável, a final faz parte do trekking. No entanto, começar debaixo de água não é tão animador; menos mal que estamos no litoral e a temperatura é confortável.

Entramos na trilha no extremo sul de Florianópolis, no bairro Caieira da Barra Sul. Por um caminho que há muito anos serve de acesso à comunidade de Naufragados e ao Farol que fica na Ponta de mesmo nome. A trilha é bastante regular, com pouca variação de relevo, apenas alguns troncos acabam dificultando a passagem.

Antes de chegar na Praia de Naufragados pegamos uma trilha da direita até o Farol. Vinte minutos depois chegamos na construção, no entanto não é mais possível acessar o Farol, no entorno dele o muro de dois metros de altura foi reconstruído e as portas estão na chave.

Tentamos, sem sucesso, avistar a Ilha de Nossa Senhora da Conceição de Araçatuba. As ruínas, do que já foi uma fortificação de mesmo nome, descansam de seus anos passados. O local que foi erguido para dar guarida à ilha e ao acesso das águas abrigadas do continente, fora também um presídio usado durante a Revolta Federalista. Hoje apesar do bom estado de conservação, apenas algumas pessoas conseguem, raramente, autorização de acesso ao local. Na encosta da ilha de Florianópolis, de frente para a Ilha de Araçatuba fica uma outra parte da fortaleza, com três canhões enferrujados assentados sobre uma trincheira. Esses são de acesso livre e sofrem a degradação do tempo.

Nossa frustração do visual se deveu a grande massa de nuvens, que apesar de terem dado uma trégua na chuva, encobriram toda a região. Até mesmo a praia não conseguimos avistar.

Continuamos pela encosta, a trilha agora mais parece uma canaleta de escoamento da chuva, não demorou e os pés, mesmo de quem estava calçando bota impermeável, amealhou de água.

Saindo na praia que parecia deserta, não fossem as casinhas atrás da duna, uma meia dúzia delas. Ademais éramos só nós seis brincando no balanço da areia. Aproveitamos para pedir água a única alma viva que encontramos.

Praia de Naufragados

Seguimos para o norte, e depois de subir a íngreme encosta, já na crista do morro, se escondemos dentro dos arbustos para poder descansar e comer sem ser castigados pelo vento e o chuvisco que ardia no rosto.

Depois da pausa nossa caminhada pela crista do morro se tornou bem mais difícil. A trilha bastante irregular, não demorou a se tornar um despenhadeiro, um verdadeiro tobogã de lisa, só não foi pior devido ao grande número de raízes que ajudam a dar sustentação. Quando chegamos no belo gramado da Ponta do Pasto, nem conseguíamos ficar em pé de tão forte que o vento soprava, jogando-nos por cima dos arbustos.

Como todos estavam molhados, desistimos de fazer uma pausa. Nosso próximo ponto foi a Praia do Saquinho, mas antes precisamos contornar os dois quilômetros de costão que faltavam. A chuva aumentou e em alguns trechos passamos por dentro de pequenos rios que desciam as encostas formando belas cachoeiras, a pesar da beleza essa situação caracterizou alguns pontos de risco causando tensão no grupo.

A Praia do Saquinho já é, por si só, despovoada. Com esse tempo, parecia a baía de um náufrago, apenas areia e algumas algas arrastadas pelas ondas. As poucas casas do local, são de um charme ímpar, muito bem cuidadas, inclusive as vielas estavam todas com grama cortada e arbustos aparados.

O último trecho deste dia foi transpor o Morro do Saquinho, uma subida constante, sobre uma calçada, de 700 m seguida de uma descida da mesma magnitude. Ao chegar na Praia da Solidão fomos presenteados com dezenas de pitangueira, todas carregadas de frutos maduros, essas frutas fariam parte de toda nossa aventura quase todos os dias.

Já na Solidão, paramos no único bar aberto para pedir informação sobre algum camping, e comer alguma coisa. Fomos indicados para um camping somente na Praia dos Açores, lá também haveria um hostel de preços muito acessíveis. Em consenso, escolhemos o hostel para tentar secar as roupas durante a noite.

Eram 21:00 estávamos todos os 6 amontoados em um quarto minúsculo pendurando as roupas e preparando alguma comida. Foram horas de muita diversão, as histórias que mais ficam gravadas na memória nascem desses perrenges.

Dia Segundo - Mudança de clima

Finalmente começamos o segundo dia na trilha às 10:00. Tínhamos aproveitado a noite para secar as roupas e algumas peças do equipamento que sofreram no dia anterior.

O tempo não melhorara muito, seria a mesma aura, não fossem pequenas aberturas nas nuvens que deixavam a luz difusa do sol trazer alguma esperança. A praia ainda estava deserta, somente pescadores já no agrupamento de casas da Praia do Pântano Sul. No canto norte, saímos da areia e caminhamos 500 m até a viela que leva à trilha da Lagoinha. Paramos em uma quitanda na praia para adquirir frutas e repor o ânimo.

Praia do Pântano Sul

Antes de começar a longa subida para o Morro do Pântano Sul cruzamos com o simpático sr. Arlindo que indicava o caminho para um casal inexperiente. O sr. com seus mais de 70 anos, contou de suas idas à Lagoinha e que hoje o que mais faz é orientar os visitantes de forma voluntária.

A trilha é exigente, na maior parte do percurso estamos subindo. E as águas correm de todos os lados, algumas vezes pela canaleta da trilha, outras vezes em córregos permanentes do morro. Não fossem as estruturas, degraus construídos nas partes mais íngremes, certamente a trilha seria já uma voçoroca.

Depois de subir por uma hora chegamos no colo do morro, daí para a praia seria somente descida, no entanto escolhemos seguir pela direita, na lateral do morro, cortando caminho até o Morro da Coroa. Esses quase dois quilômetros foram caóticos. Perdemos a noção de quantas vezes subimos e descemos desníveis de vinte ou trinta metros. Para piorar a trilha é em meio a raízes salientes e rochas que rolaram do morro e transpõe o caminho a todo instante. Precisamos de uma hora e meia para percorrer esse pedaço com as cargueiras.

O esforço valeu a pena, chegamos no Morro da Coroa com o tempo mais aberto. Ficamos aliviados de ter escolhido essa rota ao ver a inclinação da trilha pelo lado da praia, nossa rota de saída agora.

O Morro da Coroa tem esse nome devido as formações rochosas pontiagudas no cume, que lembram as bordas de uma coroa. É aqui que fica a Pedra do Surfista, uma das fotos mais clichês de Florianópolis. Trata-se de uma rocha achatada que se projeta no vazio dando a impressão de ser uma prancha encravada no morro.

Morro da Coroa

Pela primeira vez encontramos muita gente. Durante a hora que passamos ali, devem ter transitado mais de 50 pessoas, chegando e saindo. É um fluxo considerável, levando em conta que o tempo está ruim. A descida, apesar de não ser tão dolorosa, é um desafio para quem não tem muita afinidade com exposição à queda.

Finalmente chegamos à Praia da Lagoinha e não encontramos nada além de algumas pessoas. Ficamos mais alguns minutos na varanda de um quiosque, onde aproveitamos para fazer o almoço. E então partimos para o norte.

Subindo a encosta norte rumo à Praia do Matadeiro entramos o clímax da travessia. A encosta coberta de grama rasteira e alguns gravatás toda torneada com as onda quebrando nos paredões que aparentam fiordes e atrás as ondas tranquilas espumando na praia antes citada. Caminhamos por esse cenário finlandês cerca de uma hora, entre pausas de admiração e passos tranquilos.

Depois da Ponta do Falcão as coisas complicaram, além da chuva que voltou a castigar, a trilha se tornou um martírio. Tantas rochas soltas e lisas quanto raízes e barrancos abruptos, feito sabão. Não demorou para ocorrerem os primeiros tombos e como o ritmo era muito lento a moral do grupo foi desmoronando. A maioria entrou numa espiral de desânimo, e cada vez mais, parecia impossível concluir esse trecho. Os tombos aumentaram, a cada curva novos "elogios" à trilha surgiam. É claro que esse foi o trecho mais tenso da travessia e também o responsável pelos desdobramentos dos dias seguintes.

Enxergamos areia quando já se iam 18:00. Cortamos a Praia do Matadeiro, que a essa altura estava deserta. Apenas um cachorro desfilava na areia úmida pelo chuvisqueiro. Paramos no primeiro boteco se informar sobre algum camping ou hostel, mas não tivemos nenhum sucesso. O dono do bar já estava fechando e o maior esforço que fez foi vender algum refrigerante e salgadinhos. Ficamos poucos minutos sentados na última mesa do bar até que retomamos a marcha. O único camping, apontado no aplicativo Ioverlander ficaria cerca de 1,5 km do bar.

O ritmo ficou ainda mais lento, seja pelo cansaço do dia longo, ou pelo motivo de ter de caminhar uma distância razoável àquela altura do campeonato. Cruzamos a ponte estreita e seguimos em frente. A cada esquina a ansiedade aumentava. Sabíamos que este camping era nossa única solução, não havia outro nos próximos 7 km, e onde procuramos não havia nenhum hostel, pousada ou mesmo hotel disponível.

No centrinho da Armação já havia muita gente na rua, as lojas e bares embalados nas cantigas natalinas. Em frente da Igreja Santana e São Joaquim um grupo de dança/teatro apresentava uma peça envolvendo o público. Seguimos em frente, entramos em um bairro residencial de grades propriedades, todas muradas ou cercadas, a ansiedade aumentou, passei a acreditar que não haveria camping naquela região e nossa caminhada estaria longe do fim.

Praia do Matadeiro

Aproximamos do local marcado no mapa e nenhum camping aparecia, apenas grandes portões ornamentados e casas com piscina, jardins e decks. Já no ponto marcado no mapa, portão fechado. Cinquenta metros depois, uma placa mal localizada junto a cerca de um terreno baldio, tomado de restinga. Antes de desesperar, bati em um portão até que o “dono”, desconfiado, saiu no deck e atendeu rispidamente. Me disse que o camping era lá para trás.

Pelo menos ele disse que existia o camping, voltei. Antes de encontrar o restante do grupo, vi outra placa, meio apagada indicando “Tubarão de Sunga”, o camping. Fomos atendidos pelo irmão do proprietário, um senhor alto de cabelos grisalhos e barba longa, bem humilde com limitações no português, mas que fez esforço para nos atender. O camping é bastante roots, as estruturas são muito simples, inclusive metade dos banheiros estava sem funcionar. No entanto, o proprietário, um argentino, que apareceu mais tarde, argumentou ser fora de temporada e ainda estar organizando o local; realmente, os banheiros foram colocados para funcionar ainda naquele dia.

Montamos as barracas e depois do banho fomos ao centrinho comer e tomar chopp. Diga-se de passagem, o bar da esquina da Igreja de Santana e São Joaquim é muito bom, exceto pela morosidade do atendente, mas é tão simples e convencional que os pratos e bebidas são servidos sem a comanda. Primeiro fiquei desconfiado, no Brasil, já esperava que fossem cobrar mais que serviram, mas depois que os pedidos começaram a chegar fui relaxando, e na hora de pagar fomos nós que relatamos o consumo. A única coisa chata foi esperar 15 min para o caixa cobrar. A moça que foi pagar antes de nós, não sabia descrever o que consumira, e até os garçons explicarem o tempo passou.


Dia Terceiro - Lutando contra

Levantei às 05:45, tempo de ver o sol cobrir de dourado a costa. Sentei do lado de fora do camping, na areia grossa da Praia da Armação. Não demorou muito até que a chuva voltasse a cair, chata como nos dias anteriores. Voltei para a barraca e só levantei novamente às 07:30.

Enquanto preparamos o café o vento aumentou e a chuva virou neblina. Secamos o sobre teto da barraca com uma toalha e ensacamos tudo, para começar a caminhar novamente.

A previsão do Weather marcava sol depois das dez horas, então começamos empolgados. Foi só sair na areia, que os ânimos começaram a mudar. A areia da Armação é grossa e fofa, cada passada é como se movêssemos umas duas arrobas de areia para trás. A sensação é a mesma de subir uma duna, terrível. O pessoal já cansado das condições dos dois dias anteriores se frustrou mais uma vez. Na primeira oportunidade saíram no asfalto e não quiseram mais andar na areia. Ainda se esforçaram para sair na orla da Praia do Morro das Pedras, mas nada mais os faria voltar para o clima da trilha, minutos depois voltaram para o asfalto. Começava então a saga por conseguir um hostel para passar o resto do dia.

O sol enfim brilhou, as águas voltaram a ter seu encanto, aquele tom cinza da paisagem deu lugar ao verde cintilante das encostas, ao azul das águas quebrando nas pedras, ao tremular da maresia distorcendo o horizonte. Eu e a Bruna continuamos na areia, o ritmo ia bem mais devagar, não por cansaço ou desânimo, mas, porque queríamos parar constantemente para sentir a brisa e observar os banhistas que já tomavam a faixa de areia.

Praia do Campeche, a primeira vez que as nuvens deram trégua

Eram 11:45 quando o telefone tocou, era um dos companheiros avisando que encontraram um hostel muito bom e pretendiam ficar por ali. Coincidentemente o hostel Magia do Mar ficava bem na ponta da Praia do Campeche, onde estávamos parados novamente. Apenas encontramos uma trilha na restinga e minutos depois chegamos na hospedagem. Os demais já estavam alojados, de banho tomado e dispostos pelas redes da varanda. Nós também nos alojamos e depois de conhecer melhor o hostel, fomos almoçar no centro da Praia do Campeche.

Nossa Travessia fora abortada nesse ponto, com cerca de 3/5 do trajeto programado. Começaria então uma viagem diferente, mais turística que aventura.

O restante do dia ficamos nas areias do Campeche, observando o fluxo de banhistas, os surfistas e descansando as pernas. Ficamos circulando do hostel para a praia e vice-versa. No fim da tarde assistimos o pôr do sol atrás da Ilha da Magia. Aos poucos o horizonte foi se colorindo de tons róseos até atingir um cinza suave e depois um tom mais denso. As luzes da Armação contornaram a orla e a chuva foi chegando de mansinho.

Voltamos para o hostel onde prolongamos a noite ao ritmo de boas histórias do montanhismo e das trilhas que realizamos, juntos ou separados. O proprietário, Sr. Joca, ficou até tarde ouvindo nossas histórias e compartilhando algumas das suas. Finalmente fomos dormir no quarto compartilhado, já eram 23:45.


Dia Terceiro – De viajante a turista.

Amanheci na areia do Campeche empolgado para ver o sol nascer. Foi uma longa espera, muitas nuvens cobriam o céu. Só depois das 06:15 pude vê-lo, as nuvens que no começo foram um problema deram contornos únicos para o fenômeno. O astro atrás da Ilha do Campeche iluminava o costado das nuvens, apenas alguns raios escapavam e a nuvem explodia como se estivesse em chamas. Essa maravilha durou alguns minutos, e além de mim, apenas alguns coletores caminhavam na orla. Eu era o único boquiaberto com o que via.

Retornei ao hostel esperar pelo café da manhã, que só veio uma hora depois. Nesse intervalo apreciei algumas rosas florescentes no jardim e fiz alguma leitura.

Depois do desjejum, em trajes muito diferentes dos dias anteriores, fomos à areia mais uma vez. Agora nosso destino era a Ilha do Campeche, considerada um caribe tupiniquim.

A lancha nos deixou na areia fina e clara, avisando que às 14:00 estaria no mesmo lugar para buscar-nos.

Fomos recebidos pela monitora da ilha que fez algumas recomendações do tipo: “é proibido subir nas pedras porque são oficinas líticas”, “cuidado com os quatis, nunca deixe nada sem vigilância”, “não alimente os quatis” e “use somente os banheiros dos locais próprios, não faça uso da mata ou das rochas para as necessidades fisiológicas”.

A água é incrivelmente cristalina, e as ondas são muito brandas, uma vez que estamos do lado abrigado da ilha. Lugar perfeito para apreciar bons momentos. No entanto, as lanchas não paravam de chegar, em poucos minutos a praia estava tomada. A coisa ainda pioraria com a chegada das escunas. Às 11:00 deviam ter mais de 400 pessoas na pequena faixa de areia, não maior que 250 m. Apesar do caos humano misturado com quatis, lanchas e drones, o lugar ainda inspira magia. Basta ter paciência, achar um canto e viver a vida.

Almoçamos no único restaurante da ilha, uma enchova muito bem-preparada. Mas que devido a demora de servir, em meio a tanta gente, foi a última coisa que fizemos na Ilha do Campeche. Às 14:00 a lancha encostou e lá fomos nós novamente para o hostel.

Se despedimos do Sr. Joca, entramos no Uber e 40 min depois estávamos novamente na rodoviária. Bem adiantados do horário do ônibus, aproveitamos para ir até a Praça XV de Novembro onde acontecia a Feira de Cascaes. Um festival cultural com feirinha e diversas apresentações de grupos ilhéus.

Nossa pretensão era ir de passagem, mas o ambiente foi tão acolhedor que ficamos duas horas assistindo no palco principal e esgaravatando nos mostruários dos feirantes. Quando demos conta já estava chegando a hora de partir, então fomos rapidamente na ponte Hercílio Luz ver o pôr do sol, e depois corremos para a rodoviária tomar o ônibus.

Passamos mais uma vez a noite na estrada para chegar em casa somente de manhã.


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